tag:blogger.com,1999:blog-76554528363567737992024-03-20T14:53:59.486-03:00Filósofo do SertãoEste blog é para os apaixonados, pela filosofia, Literatura, arte, cinema, música e todas formas de conhecimento.Dhemahttp://www.blogger.com/profile/11216198215063260513noreply@blogger.comBlogger23125tag:blogger.com,1999:blog-7655452836356773799.post-32788312257926169222012-08-14T20:20:00.003-03:002012-08-14T20:20:56.844-03:00SOMBRA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidMjQsExqWUF2TfYBJOfRlDQxlU4ou_3ECQ4zAkVdvTHZbWsyVGvXoLnXiYGPm1_LfkJ29MNGKZxWS8C7vkAYLLuuhSHQHtNk_MWhATF-bBQxrx-gTNGKQ_zHvOthGFMC6-OAHjnQHOec/s1600/poe.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidMjQsExqWUF2TfYBJOfRlDQxlU4ou_3ECQ4zAkVdvTHZbWsyVGvXoLnXiYGPm1_LfkJ29MNGKZxWS8C7vkAYLLuuhSHQHtNk_MWhATF-bBQxrx-gTNGKQ_zHvOthGFMC6-OAHjnQHOec/s320/poe.jpg" width="206" /></a></div>
<span style="background-color: white; font-family: Tahoma; font-size: 12px;">VÓS QUE ME LEDES por certo estais ainda entre os vivos; mas eu que escrevo terei partido há muito para a região das sombras. Por que de fato estranhas coisas acontecerão, e coisas secretas serão conhecidas, e muitos séculos passarão antes que estas memórias caiam sob vistas humanas. E, ao serem lidas, alguém haverá que nelas não acredite, alguém que delas duvide e, contudo, uns poucos encontrarão muito motivo de reflexão nos caracteres aqui gravados com estiletes de ferro. O ano tinha sido um ano de terror e de sentimentos mais intensos que o terror, para os quais não existe nome na Terra. Pois muitos prodígios e sinais haviam se produzido, e por toda a parte, sobre a terra e sobre o mar, as negras asas da Peste se estendiam. Para aqueles, todavia, conhecedores dos astros, não era desconhecido que os céus apresentavam um aspecto de desgraça, e para mim, o grego Oinos, entre outros, era evidente que então sobreviera a alteração daquele ano 794, em que, à entrada do Carneiro, o planeta Júpiter entra em conjunção com o anel vermelho do terrível Saturno. O espírito característico do firmamento, se muito não me engano, manifestava-se não somente no orbe físico da Terra, mas nas almas, imaginações e meditações da Humanidade. Éramos sete, certa noite, em torno de algumas garrafas de rubro vinho de Quios, entre as paredes do nobre salão, na sombria cidade de Ptolemais. Para a sala em que nos achávamos a única entrada que havia era uma alta porta de feitio raro e trabalhada pelo artista Corinos, aferrolhada por dentro. Negras cortinas, adequadas ao sombrio aposento, privavam-nos da visão da lua, das lúgubres estrelas e das ruas despovoadas; mas o pressentimento e a lembrança do flagelo não podiam ser assim excluídos. Havia em torno de nós e dentro de nós coisas das quais não me é possível dar conta, coisas materiais e espirituais: atmosfera pesada, sensação de sufocamento, ansiedade; e, sobretudo, aquele terrível estado de existência que as pessoas nervosas experimentam quando os sentidos estão vivos e despertos, e as faculdades do pensamento jazem adormecidas. Um peso mortal nos acabrunhava. Oprimia nossos ombros, os móveis da sala, os copos em que bebíamos. E todas se sentiam opressas e prostradas, todas as coisas exceto as chamas das sete lâmpadas de ferro que iluminavam nossa orgia. Elevando-se em filetes finos de luz, assim que permaneciam, ardendo, pálidas e imotas. E no espelho que seu fulgor formava sobre a redonda mesa de ébano a que estávamos sentados, cada um de nós, ali reunidos, contemplava o palor de seu próprio rosto e o brilho inquieto nos olhos abatidos de seus companheiros. Não obstante, ríamos e estávamos alegres, a nosso modo - que era histérico - , e cantávamos as canções de Anacreonte - que são doidas -, e bebíamos intensamente, embora o vinho purpurino nos lembrasse a cor do sangue. Pois ali havia ainda outra pessoa em nossa sala, o jovem Zoilo. Morto, estendido a fio comprido, amortalhado, era como o gênio e o demônio da cena. Mas ah! Não tomava ele parte em nossa alegria! Seu rosto, convulsionado pela doença, e seus olhos, em que a Morte havia apenas extinguido metade do fogo da peste, pareciam interessar-se pela nossa alegria,, na medida em que, talvez, possam os mortos interessar-se pela alegria dos que têm de morrer. Mas embora eu, Oinos, sentisse os olhos do morto cravados sobre mim, ainda assim obrigava-me a não perceber a amargura de sua expressão. E mergulhando fundamente a vista nas profundezas do espelho de ébano, cantava em voz alta e sonorosa as canções do filho de Teios. Mas, Pouco a pouco, minhas canções cessaram e seus ecos, ressoando ao longe, entre os reposteiros negros do aposento, tornavam-se fracos e indistintos, esvanecendo-se. E eis que dentre aqueles negros reposteiros, onde ia morrer o rumor das canções, se destacou uma sombra negra e imprecisa, uma sombra tal como a da lua quando baixa no céu, e se assemelha ao vulto dum homem: mas não era a sombra de um homem, nem a de um deus, nem a de qualquer outro ente conhecido. E, tremendo um instante entre os reposteiros do aposento, mostrou-se afinal plenamente sobre a superfície da porta de ébano. Mas a sombra era vaga, informe, imprecisa, e não era sombra nem de homem, nem de deus, de deus da Grécia, de deus da Caldéia, de deus egípcio. E a sombra permanecia sobre a porta de bronze, por baixo da cornija arqueada, e não se movia, nem dizia palavra alguma, mas ali ficava parada e imutável. Os pés do jovem Zoilo, amortalhado, encontravam-se, se bem me lembro, na porta sobre a qual a sombra repousava. Nós, porém, os sete ali reunidos, tendo avistado a sombra no momento em que se destacava dentre os reposteiros, não ousávamos olhá-la fixamente, mas baixávamos os olhos e fixávamos sem desvio as profundezas do espelho de ébano. E afinal, eu, Oinos, pronunciando algumas palavras em voz baixa, indaguei da sombra seu nome e lugar de nascimento. E a sombra respondeu: "Eu sou a SOMBRA e minha morada está perto das catacumbas de Ptolemais, junto daquelas sombrias planícies infernais que orlam o sujo canal de Caronte". E então, todos sete, erguemo-nos, cheios de horror, de nossos assentos, trêmulos, enregelados, espavoridos, porque o tom da voz da sombra não era de um só ser, mas de uma multidão de seres e, variando suas inflexões, de sílaba para sílaba, vibrava aos nossos ouvidos confusamente, como se fossem as entonações familiares e bem relembradas dos muitos milhares de amigos que a morte ceifara.</span><br style="font-family: Tahoma; font-size: 12px;" /><span style="font-family: Tahoma; font-size: 12px;"><br />(Edgar Allan Poe)<br /></span>Dhemahttp://www.blogger.com/profile/11216198215063260513noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7655452836356773799.post-84488825696038921102012-04-27T00:43:00.001-03:002012-04-27T11:07:49.643-03:00Deep Web – The dark side of web (O lado obscuro da web)<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify; text-indent: 47px;">
</div>
<div align="center" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: serif;">Sejam bem vindos
ao blog filosofo do sertão já estava na hora de voltarmos, depois de tanto
tempo parado estamos de volta.</span></div>
<div align="center" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<b><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; font-family: serif;">Há na Internet um mundo
paralelo, um lado obscuro, onde contem toda a informação inacessível aos buscadores de pesquisa
comuns. Aquilo que existe à superfície da Web equivale, segundo especialistas, a cerca
de 4% do todo que a "Web" tem para oferecer.</span></b><span style="font-size: 13.5pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: serif;">
Deep Web ou Dark Web, alguns sabem que existe e outros nunca ouviram
falar, mas antes de começar a falar sobre a Deep Web deixo um aviso para
aqueles curiosos e os não curiosos também: não entre na Deep Web, pois lá vocês
encontrarão coisas boas, por outro lado vocês entrarão no submundo da internet,
onde pode chegar a perversidade da mente humana. Se vocês pensam que já viram
de tudo na Web estão enganados, pois só temos acesso a apenas 4% da internet.
Os outros 96% estão na Deep Web, porém não adianta entrar no Google, Cadê
–Yahoo ou qualquer outro site de busca para acessar a Deep Web. A Deep Web não
aparece na internet convencional, internet esta que vamos chamar de “superfície
da Web” onde encontramos sites como: Facebook, Orkut, Twitter, You Tube, G1,
etc. e todos outros tipos de sites que conhecemos, resumindo são sites que são
vistos em buscadores, como o Google.</span><span style="font-size: 13.5pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Como exemplo observe o
Ice Berg da Web:<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggButB-VpmOQAjbrCjwfSGSZ-5lLbpF0t4KPGa3qfZJKyPn3iDOGBIphwQOw08AJC7ZCpjGy0ZFQWGaH3Nu_Cy-p-nWccvY1-23tvJGbyvLx__Kzh4HblQdvRUDIC0hrtO_v9epwPD-20/s1600/ice.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: black;"><img border="0" height="235" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggButB-VpmOQAjbrCjwfSGSZ-5lLbpF0t4KPGa3qfZJKyPn3iDOGBIphwQOw08AJC7ZCpjGy0ZFQWGaH3Nu_Cy-p-nWccvY1-23tvJGbyvLx__Kzh4HblQdvRUDIC0hrtO_v9epwPD-20/s320/ice.jpg" width="320" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span><span style="background-color: white; font-family: serif; line-height: 150%;">É estimado que na Deep
Web pode-se conter 500 vezes mais recursos do que na superfície da Web pode nos
proporcionar. De acordo com pesquisadores a superfície da Web tem um tamanho de
167 terabytes, já a Deep Web tem cerca de 91 mil Terabytes.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: serif;">Porém a grande pergunta é: o que se
esconde na Deep web? Por que tanta informação é escondida e não pode vir a
domínio público?</span><span style="font-size: 13.5pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<u1:p></u1:p>
<br />
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: serif;">Questão é obvia, na Deep Web, há muitas
coisas ilegais, chegando até a ser conspiratórias; pornografia infantil por
exemplo, deve haver aos montes, mas quando refiro pornografia infantil, me
refiro a coisas que nem sua pior imaginação acerca deste assunto pode imaginar.</span><span style="font-size: 13.5pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<u1:p></u1:p>
<br />
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: serif;">A porta de entrada da Deep Web e um site
chamado de Hiddenwiki que é igual o site que conhecemos como Wikipédia, lá
encontramos todos os tipo de links para se navegar na Deep Web, por exemplo, o
Hiddenwiki contem links para contratação de assassinos de aluguel que chegam a
cobrar 50 mil dólares por cabeça.</span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: serif;"><br /></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: white; line-height: 27px; text-align: center; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: medium;"> </span></span><span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%; text-align: center; text-indent: 35.4pt;">Algumas
screenshots da Hiddenwiki – tirado do 4chan</span></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgq5Xuu4hQgJhEoLnT6D_eoqyPFpur7nq3ZH_bUEeeM_FDl0PSn9Pi2gNuC4mopalFZHWUJxciVYY_urLtjeJO-d1R6v7CWIdJMY-I0z9s0LF33cZlN29TwIAW0NDUrbJNz9XEXFezKPbw/s1600/Hidden_Wiki.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: black;"><img border="0" height="270" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgq5Xuu4hQgJhEoLnT6D_eoqyPFpur7nq3ZH_bUEeeM_FDl0PSn9Pi2gNuC4mopalFZHWUJxciVYY_urLtjeJO-d1R6v7CWIdJMY-I0z9s0LF33cZlN29TwIAW0NDUrbJNz9XEXFezKPbw/s320/Hidden_Wiki.jpg" width="320" /></span></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuVEDNdCjFM_nslaYxPcMplBApAmgEAyFbheyjks6pEoLL-VfzS4ZvA81O3FLL8eVpD5htSs4U-8Imomy9-iNuxqj24NpWA5JWnGMV1bP-Hsm9SD_nfb3_Bfx7-n3jVRasBeI6uCIpIO4/s1600/hiddenwiki.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: black;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuVEDNdCjFM_nslaYxPcMplBApAmgEAyFbheyjks6pEoLL-VfzS4ZvA81O3FLL8eVpD5htSs4U-8Imomy9-iNuxqj24NpWA5JWnGMV1bP-Hsm9SD_nfb3_Bfx7-n3jVRasBeI6uCIpIO4/s320/hiddenwiki.JPG" width="310" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 11.25pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: white; font-family: serif; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">Mas também encontramos sites de religiões
satânistas que praticam o canibalismo, sacrifício de seres humanos, etc.
contendo vídeos e fotos de seus rituais e sites de venda de drogas, mercado
negro de venda de órgãos, tráfico de seres humanos e muitos mais. Encontra-se
também muita coisa sobre terrorismo, manuais de guerra, sobrevivência, armas,
fabricação de explosivos.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 11.25pt; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<u1:p></u1:p>
<br />
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: 35.4pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: serif;">Mas por incrível que pareça, parece haver
conteúdo mais bizarros e chocantes, encontramos muitos fóruns de psicopatas,
porém, para ter acesso a estes fóruns, a pessoa deve enviar um vídeo de um
crime hediondo cometido por ela, pelos comentários encontrados sobre estes
fóruns encontramos assassinos de todos os tipos, estupradores, etc. eles postam
vídeos de seus crimes que são filmados em primeira ou terceira pessoa. Mas você
pode pensar que isso pode ser<span class="apple-converted-space"> </span><i>fake</i><span class="apple-converted-space"> </span>, eu creio que não, porém é claro que
você pode pensar em vídeo montagem ou que pode ser possível uma pessoa pegar um
vídeo na internet e enviar ao fórum dizendo que é ela cometendo o crime, só pra
se infiltrar, mas como os organizadores desses fóruns tem conhecimento de
manipulação de vídeos, de informática e também um conhecimento dos vídeos de
bizarrice que circula pela Web, é difícil enganá-los, então é bem provável que
as pessoas que postam vídeos nestes fóruns sejam maníacos de verdade.</span><span style="font-size: 13.5pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<u1:p></u1:p>
<br />
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: 35.25pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: serif;"> <span class="apple-converted-space"> </span><i> </i>Na Deep Web encontra-se
também sites onde são transmitidas lutas ao vivo onde homens lutam até a morte,
ao estilo dos gladiadores romanos. Algumas lutas são homens x animais. O acesso
a essas lutas são vendidos a milionários (por um bom dinheiro). Contaram-me que
existe um site chamado HackerBB, um dos maiores fóruns hacker da Deep Web, onde
um pessoal discutia como ter acesso a esse site das lutas, se ele realmente
existia. A princípio esse tipo de história me parece<span class="apple-converted-space"> </span><i>fake</i>, mas se os caras estavam
discutindo como ter acesso ao site, talvez ele realmente ele exista.</span><span style="font-size: 13.5pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<u1:p></u1:p>
<br />
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: 35.25pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: serif;">
Contudo, vocês devem estar se perguntando se isso existe mesmo por que as
autoridades não prendem estas pessoas?</span><span style="font-size: 13.5pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<u1:p></u1:p>
<br />
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: 35.25pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: serif;">
Na Deep Web, os sites não usam o formato HTML, como nos sites da
superfície da Web, com isto é quase impossível de rastrear e encontrar estas
pessoas, também os sites da Deep Web não são configurados com o final (.com,
.com.br, .org, etc), só para vocês terem ideia com é impossível rastrear o um
dos sites da Deep Web este é o site da porta de entrada para a Deep Web:
(kpwz7ki2w5agwt53.onion), caso você pense em entrar na Deep Web copiando e
colando este site no teu navegador, sinto muito mas você não vai conseguir,
pois o (.onion) não é acessado pelos navegadores que conhecemos.</span><span style="font-size: 13.5pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<u1:p></u1:p>
<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: 35.25pt;">
<span style="font-family: serif;">
Para acessar a Deep Web você tem que baixar um programa chamado<span class="apple-converted-space"> </span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;">TOR,
ele é o navegador que roda o (.onion) e o local monitor é um programa que muda
seu IP constantemente e te avisa quando estão tentando te rastrear. Caso queira
baixar para entrar na Deep Web não se esqueça de ter um bom antivírus e outros
tipos de proteção, pois só para constar é na Deep Web que surgiram os grandes
grupos de<span class="apple-converted-space"> </span></span>hackers
(Anonymous; Lulzsec; Wikileaks) e caso você não tenha um conhecimento em
informática e toda segurança possível no seu PC, é aconselhado você nem pensar
em acessar a Deep Web. Se não seguir meu conselho você vai ferra teu PC e
ficará ferrado, pois quando pegamos um vírus na superfície da Web já perdemos
muita coisa, agora imagina se você pega um vírus na Deep Web, Façamos a
seguinte analogia: caso um pessoa tiver uma relação sexual com uma pessoa que
tenha HIV, ela tem que se proteger de todas as formas possíveis. É a mesma
coisa para você acessar a Deep Web, se proteja e tenha muito cuidado.</span><span style="font-size: 13.5pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<u1:p></u1:p>
<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: 35.25pt;">
<span style="font-family: serif;">Como o programa
TOR não é rastreado, não se preocupe com as autoridades e o FBI, pois eles não
vão na sua casa só porque você acessou a Deep web,<span class="apple-converted-space"> </span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;">eles
estão atrás de quem pratica pedofilia, necrofilia, canibalismo, traficantes,
terroristas, </span>hackers<span class="apple-converted-space"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;"> </span></span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;">e
assassinatos.</span></span><span style="font-size: 13.5pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<u1:p></u1:p>
<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: 35.25pt;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; font-family: serif;">
Porém, o que eu comentei aqui sobre o lado obscuro da Web é só a borda da Deep
Web; ela é apenas para disfarçar e blindar os piores assuntos que existem, a
Deep Web tem 4 camadas, procurei saber o nome de todas as camadas, mas só
encontrei o nome da primeira camada que é a que mais comentei: ela se denomina<span class="apple-converted-space"> </span><i>ONION</i>, creio eu que quanto mais
fundo você vai na Deep Web, mais você viaja no submundo da perversidade da mente
humana. Se a primeira camada já é chocante e grotesca, imagina só o que podemos
encontrar nas outras camadas, mais fundo nós formos na Deep Web, mais os
assuntos tratados lá ficam mais pesados e chocantes. Fico pensando aqui como
deve ser a última camada , deve ser o encontro com o próprio diabo...</span><span style="font-size: 13.5pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<u1:p></u1:p>
<br />
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: 35.25pt; vertical-align: baseline;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; font-family: serif;">
Portanto,<span class="apple-converted-space"> </span></span><span style="font-family: serif;">como observamos, no lado obscuro da web
encontramos de tudo, principalmente o lado mais escuro e perverso do ser
humano, mas também não há só coisas ruins e perversas na Deep Web; como foi
dito, a Deeo corresponde a 96% de toda informação que existe na internet,
entretanto temos coisas boas lá também, tais como pesquisas cientificas e
tecnológicas, livrarias digitais com exemplares de livros (que você não
encontra para baixar na superfície da Web), bases de dados universitárias,
etc…, porém se a Deep Web fosse um coisa boa ela seria liberada para todos
acessarem.</span><span style="font-size: 13.5pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<u1:p></u1:p>
<br />
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-indent: 35.25pt; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: serif;">
Fica um toque, não aconselhamos ninguém a visitar esse lado obscuro da web,
pois sem o devido conhecimento informático as consequências podem ser nefastas.
Caso você não segurou a curiosidade e vai entrar na Deep Web: Boa Sorte e
Cuide-se!</span><span style="background-color: white; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;"> </span></div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 11.25pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="line-height: 18px;">Algumas imagens bizarras encontradas na Deep Web:</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaYXCn8_aCF4vWk-RAF5fS0PlwrH5brvDXVQ6PSSWxQjk9P5zYKU71GhYD8nThupUSHptX9osfTscoE3xS3OIrdcrFqqRAjFLvANaLPWk32YMdITQk4dvy09ndLFIEVMLYs-QPi6vgJ9o/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: black;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaYXCn8_aCF4vWk-RAF5fS0PlwrH5brvDXVQ6PSSWxQjk9P5zYKU71GhYD8nThupUSHptX9osfTscoE3xS3OIrdcrFqqRAjFLvANaLPWk32YMdITQk4dvy09ndLFIEVMLYs-QPi6vgJ9o/s320/2.jpg" width="239" /></span></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvlN2suEE4fLv2kfg6GFFoABbLZT3JYhNnXz_5qJOnCKVmHo-wUJzhCFDjKTGTiqQKwKcfY5mc34wSFtcEf5LhRxTJohQ7tYhpjNTHgw-bmk24OeuqlY8PULREPTJKB4nPgiLUiN4k6Mo/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: black;"><img border="0" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvlN2suEE4fLv2kfg6GFFoABbLZT3JYhNnXz_5qJOnCKVmHo-wUJzhCFDjKTGTiqQKwKcfY5mc34wSFtcEf5LhRxTJohQ7tYhpjNTHgw-bmk24OeuqlY8PULREPTJKB4nPgiLUiN4k6Mo/s320/3.jpg" width="320" /></span></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKz7pF2hoTLWz8h6Wo3MWbzST9IVK6tzBTqwcrKVhgn2cb6rnAHhKhDHoV-obZW81apF3SQ8arcCtjlTp1p8FPvL3HaiuM5GTqoJhIJiUb9QNUqiN8Zq4-47esp_pbK2pWaTk3DxUAfHU/s1600/4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: black;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKz7pF2hoTLWz8h6Wo3MWbzST9IVK6tzBTqwcrKVhgn2cb6rnAHhKhDHoV-obZW81apF3SQ8arcCtjlTp1p8FPvL3HaiuM5GTqoJhIJiUb9QNUqiN8Zq4-47esp_pbK2pWaTk3DxUAfHU/s320/4.jpg" width="320" /></span></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTsDNUxqFgo_SL1nXcKdJSH22aYxRLLRA-DnMoXLugnL9HeMMwGrsEoI6yFiNaf6iLmvMcP8cnfZOYVpRIUchsXrbmehZb_-OXVqpO29vxrJP3YBlMqX-T4p7116SbhMhyphenhyphen56e8n5YwPtY/s1600/5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: black;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTsDNUxqFgo_SL1nXcKdJSH22aYxRLLRA-DnMoXLugnL9HeMMwGrsEoI6yFiNaf6iLmvMcP8cnfZOYVpRIUchsXrbmehZb_-OXVqpO29vxrJP3YBlMqX-T4p7116SbhMhyphenhyphen56e8n5YwPtY/s320/5.jpg" width="210" /></span></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjr-h0c5ZtSGej5uljmO8_SbHxDFnMnuUXuH0Oy8VgWBk_MLSinhfW23e0BjIHAPHe4iIdldbSu1SZLgPi62YWTakFtxhEQGSPw-mBtSLsOWUKVCfJYM85H-LsIIE4KGik3o6D_WM3PwzA/s1600/10.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: black;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjr-h0c5ZtSGej5uljmO8_SbHxDFnMnuUXuH0Oy8VgWBk_MLSinhfW23e0BjIHAPHe4iIdldbSu1SZLgPi62YWTakFtxhEQGSPw-mBtSLsOWUKVCfJYM85H-LsIIE4KGik3o6D_WM3PwzA/s1600/10.jpg" /></span></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaEn5dz4A4JX2SBly4Jg8InmSzqVaNyRAirviKnGBClWkx2mZCY8joM7BodsRlolJYfTbxCuvA3u5O6w5Kiui8qnmSJlgg2lanFum_YBBdGxf94K4IwFzW_fxO-ZCZX44n-VOk02bPATM/s1600/11.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: black;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaEn5dz4A4JX2SBly4Jg8InmSzqVaNyRAirviKnGBClWkx2mZCY8joM7BodsRlolJYfTbxCuvA3u5O6w5Kiui8qnmSJlgg2lanFum_YBBdGxf94K4IwFzW_fxO-ZCZX44n-VOk02bPATM/s1600/11.jpg" /></span></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7bMZHDLvo3JjWIe3rF0nEp3UmK1q-NRV6G2Sq4SGiumgEUAOVxfVq4Uidz4kWOOYbg_PDXlOY4t_T1luRXufiL0k2azwvwfX5pvp71WYhS4iky2lBQhM3C68U43XQqPLMNodEgFjHqyw/s1600/12.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: black;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7bMZHDLvo3JjWIe3rF0nEp3UmK1q-NRV6G2Sq4SGiumgEUAOVxfVq4Uidz4kWOOYbg_PDXlOY4t_T1luRXufiL0k2azwvwfX5pvp71WYhS4iky2lBQhM3C68U43XQqPLMNodEgFjHqyw/s1600/12.jpg" /></span></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaI260YGw_uqI-5vqGsRuWXs6RCYdj5c9zBSac71bA0zgb2RXu-9H5yNmz9QV8EmePEDEhhA2fI9q6_vVbPsnLcfUPHZYY_HOLwzPe4Y47m77AHVhyFdiDu9YDlAbgQiMIGI3dfdUIvYY/s1600/6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: black;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaI260YGw_uqI-5vqGsRuWXs6RCYdj5c9zBSac71bA0zgb2RXu-9H5yNmz9QV8EmePEDEhhA2fI9q6_vVbPsnLcfUPHZYY_HOLwzPe4Y47m77AHVhyFdiDu9YDlAbgQiMIGI3dfdUIvYY/s1600/6.jpg" /></span></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5SGPRccJFSkhtItIHE5OBGDaVHqEG-upCA-YvQ_xmRs5RY7G8H8BAST1wlRiq55H7N2radA2zv7yByxwed-1-WrODvfV3aVqrCFuTp-OKtS0s8DsT4-ff6oJ5TVKYK1ROUB_Zlf_PlVk/s1600/7.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: black;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5SGPRccJFSkhtItIHE5OBGDaVHqEG-upCA-YvQ_xmRs5RY7G8H8BAST1wlRiq55H7N2radA2zv7yByxwed-1-WrODvfV3aVqrCFuTp-OKtS0s8DsT4-ff6oJ5TVKYK1ROUB_Zlf_PlVk/s1600/7.jpg" /></span></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir6dvS_fZpmPjbkeotFTCP4ImwCYzKR3ltqD3pwyYKNQz0RXLOphujmk5cQRIzdJpgMIdWVnPoPhyQGEdz5Czal7nFdCZeOXlEomCB_lV6s0V1RPpcTyPWVulmaJ8-S0RlvYyX9VgoQ-M/s1600/8.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: black;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir6dvS_fZpmPjbkeotFTCP4ImwCYzKR3ltqD3pwyYKNQz0RXLOphujmk5cQRIzdJpgMIdWVnPoPhyQGEdz5Czal7nFdCZeOXlEomCB_lV6s0V1RPpcTyPWVulmaJ8-S0RlvYyX9VgoQ-M/s1600/8.jpg" /></span></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxU_oAJeCUbzRhGxPTF0vsRabedAasljvYu3pUkRrY2w7NvKqAepAOb2CruxAcUWEYs-jAio8pTitblTXhzC8dBO3wCwswR-HswyDNPAzzny3vG_weVYeoiNMfq7LYMq9wr4rDshYs6U4/s1600/9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: black;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxU_oAJeCUbzRhGxPTF0vsRabedAasljvYu3pUkRrY2w7NvKqAepAOb2CruxAcUWEYs-jAio8pTitblTXhzC8dBO3wCwswR-HswyDNPAzzny3vG_weVYeoiNMfq7LYMq9wr4rDshYs6U4/s1600/9.jpg" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="border-bottom-color: windowtext; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1pt; border-image: initial; border-left-color: windowtext; border-left-style: none; border-left-width: 1pt; border-right-color: windowtext; border-right-style: none; border-right-width: 1pt; border-top-color: windowtext; border-top-style: none; border-top-width: 1pt; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;"><br />
<br />
</span></i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>Dhemahttp://www.blogger.com/profile/11216198215063260513noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7655452836356773799.post-84243182925027846132011-08-11T23:50:00.001-03:002011-08-11T23:50:43.529-03:00Canto Para A Minha Morte<span class="Apple-style-span" style="color: rgb(183, 183, 0); font-family: 'Trebuchet MS', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 18px; font-weight: bold; line-height: 20px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><a id="identificador_artista" href="http://letras.terra.com.br/raul-seixas/" style="outline-style: none; outline-width: initial; outline-color: initial; color: rgb(183, 183, 0); font-size: 13.5pt; text-decoration: none; text-transform: none; ">Raul Seixas</a></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 20px; background-color: rgb(255, 255, 255); "><div id="cabecalho" class="cor_2" style="padding-top: 5px; padding-right: 295px; padding-bottom: 10px; padding-left: 140px; "><small style="border-top-width: 0px; border-right-width: 0px; border-bottom-width: 0px; border-left-width: 0px; border-style: initial; border-color: initial; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; font-size: 8pt; color: rgb(153, 153, 153); display: block; line-height: 15px; width: 420px; ">Composição: Raul Seixas / Paulo Coelho</small></div><div id="main_cnt" style="padding-top: 10px; padding-right: 10px; padding-bottom: 10px; padding-left: 0px; margin-left: 140px; position: relative; width: 683px; height: auto !important; min-height: 619px; z-index: 3; "><div id="div_letra" style="padding-right: 400px; font-size: 13px; min-height: 260px; height: auto !important; outline-style: none; outline-width: initial; outline-color: initial; line-height: 1.5; "><p style="border-top-width: 0px; border-right-width: 0px; border-bottom-width: 0px; border-left-width: 0px; border-style: initial; border-color: initial; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 20px; padding-left: 0px; color: rgb(102, 102, 102); ">Eu sei que determinada rua que eu já passei
<br />Não tornará a ouvir o som dos meus passos.
<br />Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
<br />E que nunca mais eu vou abrir.
<br />Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
<br />Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez
<br />A morte, surda, caminha ao meu lado
<br />E eu não sei em que esquina ela vai me beijar</p><p style="border-top-width: 0px; border-right-width: 0px; border-bottom-width: 0px; border-left-width: 0px; border-style: initial; border-color: initial; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 20px; padding-left: 0px; color: rgb(102, 102, 102); ">Com que rosto ela virá?
<br />Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?
<br />Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque?
<br />Na música que eu deixei para compor amanhã?
<br />Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?
<br />Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada,
<br />E que está em algum lugar me esperando
<br />Embora eu ainda não a conheça?</p><p style="border-top-width: 0px; border-right-width: 0px; border-bottom-width: 0px; border-left-width: 0px; border-style: initial; border-color: initial; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 20px; padding-left: 0px; color: rgb(102, 102, 102); ">Vou te encontrar vestida de cetim,
<br />Pois em qualquer lugar esperas só por mim
<br />E no teu beijo provar o gosto estranho
<br />Que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
<br />Vem, mas demore a chegar.
<br />Eu te detesto e amo morte, morte, morte
<br />Que talvez seja o segredo desta vida
<br />Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida</p><p style="border-top-width: 0px; border-right-width: 0px; border-bottom-width: 0px; border-left-width: 0px; border-style: initial; border-color: initial; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 20px; padding-left: 0px; color: rgb(102, 102, 102); ">Qual será a forma da minha morte?
<br />Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida.
<br />Existem tantas... Um acidente de carro.
<br />O coração que se recusa abater no próximo minuto,
<br />A anestesia mal aplicada,
<br />A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida
<br />O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe,
<br />Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio...</p><p style="border-top-width: 0px; border-right-width: 0px; border-bottom-width: 0px; border-left-width: 0px; border-style: initial; border-color: initial; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 20px; padding-left: 0px; color: rgb(102, 102, 102); ">Oh morte, tu que és tão forte,
<br />Que matas o gato, o rato e o homem.
<br />Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar
<br />Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva
<br />E que a erva alimente outro homem como eu
<br />Porque eu continuarei neste homem,
<br />Nos meus filhos, na palavra rude
<br />Que eu disse para alguém que não gostava
<br />E até no uísque que eu não terminei de beber aquela noite...</p><p style="border-top-width: 0px; border-right-width: 0px; border-bottom-width: 0px; border-left-width: 0px; border-style: initial; border-color: initial; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 20px; padding-left: 0px; color: rgb(102, 102, 102); ">Vou te encontrar vestida de cetim,
<br />Pois em qualquer lugar esperas só por mim
<br />E no teu beijo provar o gosto estranho que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
<br />Vem, mas demore a chegar.
<br />Eu te detesto e amo morte, morte, morte
<br />Que talvez seja o segredo desta vida
<br />Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida</p></div></div></span>Dhemahttp://www.blogger.com/profile/11216198215063260513noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7655452836356773799.post-24562107355834598502011-08-05T23:11:00.003-03:002011-08-05T23:16:41.059-03:00Paradigmas políticos: uma leitura a partir de Hannah Arendt<p class="MsoNormal" style="text-align: right;text-indent: 45.1pt; line-height: 150%; "><b><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:PT-BR; mso-bidi-language:AR-SA">Clayton Soares Fonseca - </span></b><span class="Apple-style-span" style="line-height: normal; "><b><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:PT-BR; mso-bidi-language:AR-SA">UNIMONTES</span></b></span><b><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:PT-BR; mso-bidi-language:AR-SA"> </span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:45.1pt;line-height: 150%"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:45.1pt;line-height: 150%">O pensamento grego nas suas mais diversas formas de entender o homem tanto nas suas angustias, suas paixões, seus anseios e na busca de atingir um grau elevado de perfeição, lançou sem sombra de dúvidas influências decisivas na modernidade e que soam sem cessar até os nossos dias atuais. No campo político não é diferente, a instauração da democracia iniciada na Grécia, embora como se sabe, apesar de divergir da atual, visto que somente dez por cento da população tinha direito de voto, alguns cidadãos não tinha tempo suficiente para tratar de assuntos públicos pois estavam muito ocupados e preocupados para sobreviver, outros eram escravos, mulheres e estrangeiros. Apesar disso ainda se matém “vivas” as influências gregas de uma maneira ou de outra, uma delas se faz no conceito de vida contemplativa.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:45.1pt;line-height: 150%">No tocante a vida contemplativa, Hannah Arendt parte da era clássica grega e resgata o sentido original de contemplação, quando a atividade do pensamento tinha primazia sobre todas as outras atividades. A contemplação que está na origem da atividade do filosofar, é para os antigos filósofos a maneira mais confiável de compreender a verdade. Esta não pode ser encontrada no mundo sensível, pois tudo o que se apresenta no mundo das aparências é mutável, transitório, repetitivo e os sentidos ao perceberem estas aparências se enganam com freqüência. O melhor que se pode afirmar da percepção sensível é que ela põe o mundo, forma intuitiva, para a reflexão filosófica. Para alcançar a verdade por trás das aparências enganosas e não correr o risco de se dar por satisfeito apenas com opiniões (<i>doxa) </i>e ficar preso ao senso-comum, cabe ao filósofo empreender uma ruptura com o conhecimento convencional e procurar a verdade no âmbito que lhe é mais seguro, o pensamento e as idéias. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:45.1pt;line-height: 150%">Com base neste ponto Arendt Afirma que: “a tradição de nosso pensamento político teve seu inicio definido nos ensinamentos de Platão e Aristóteles”. (ARENDT, p.13.2005). Começou realmente quando Platão formulou um dos traços que seriam a sua grande marca, cito nada menos do que a alegoria da caverna, em <i>A república</i>. Ali Platão descreve a esfera dos assuntos humanos, tudo aquilo que pertence ao convívio de homens em um mundo comum, em termos de trevas, confusão e ilusão, e como se sabe aqueles que aspirassem ao ser verdadeiro deveriam repudiar e abandonar, caso quisessem descobrir o céu límpido das idéias eternas.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:45.1pt;line-height: 150%">A estória da caverna segundo a pensadora desdobra-se em três etapas: primeiro constitui a reviravolta que tem lugar na própria caverna, quando um dos habitantes subitamente consegue libertar dos grilhões que acorrentam suas “pernas e pescoços” para que eles apenas possa ver diante de si, colado seus olhos à tela sobre a qual as sombras e imagens das coisas aparecem; agora, ele se volta para o fundo da caverna, onde um fogo artificial ilumina as coisas na caverna, tais como realmente são. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:45.1pt;line-height: 150%">A segunda é reviravolta da caverna para o céu límpido, onde as idéias aparecem como verdadeiras e eternas essências das coisas na caverna iluminadas pelo sol, a idéia das idéias que possibilita o homem ver as idéias brilhar.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:45.1pt;line-height: 150%">Finalmente, a terceira reviravolta, há necessidade de volver à caverna, de deixar o reino das essências eternas e novamente se mover nos reinos das coisas perecíveis e homens mortais, cada uma dessas reviravoltas é realizada por uma perda de sentidos e orientação: os olhos acostumados às sombrias aparências do anteparo são ofuscados pelo fogo na caverna; os olhos já ajustados à luz que ilumina às idéias; finalmente,<span> </span>os olhos já ajustados à luz do sol devem reajustar-se a obscuridade da caverna.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:45.1pt;line-height: 150%"><st1:personname productid="Em A Vida" st="on">Em A <i>Vida</i></st1:personname><i> do Espírito</i> Arendt diz que: “A parábola da caverna, narrada na obra <i>A república</i>, constitui o próprio cerne da filosofia política de Platão, mas a doutrina das idéias, tal como é ali exposta, deve ser entendida como aplicada à política, e não como doutrina original e puramente filosófica.” (ARENDT, p.238.2002).</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:45.1pt;line-height: 150%">Para melhor compreensão da última citação e a questão que envolve a Alegoria da Caverna recorremos a Moraes (2002), o mesmo afirma que Platão ao descrever o percurso do prisioneiro que se liberta das cadeias que o prendem ao mundo das sombras, no interior da caverna, pretende delinear o caminho do pensamento em busca da verdade. Primeiramente há um movimento ascendente do pensamento que eleva gradativamente das sombras dos objetos, passando para o fogo que os ilumina e em seguida para a luz do dia. Superando o mundo sensível, o interior da caverna no qual só a opinião sobre coisas, resta ascender no mundo inteligível. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:45.1pt;line-height: 150%">Primeiro acontece à apreensão das realidades matemáticas, que são como sombras das idéias, em seguida alcança-se a realidade da idéias, que constituem a verdadeira realidade essencial e substancial, para enfim contemplar o sol das idéias, seu princípio que é a idéia do bem. Feito todo o caminho ascendente e de posse da verdade, resta agora o filosófo fazer o caminho inverso, retornar para junto dos outros que deixou no interior da caverna, no mundo dos homens, ditar leis com base na conceituação do bem e governá-los. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:45.1pt;line-height: 150%">Apesar dos filósofos clássicos priorizarem o modo de vida contemplativo, Arendt deixa claro que a contemplação é oposta à ação política. Não descarta inclusive a possibilidade de que Platão e Aristóteles quando se puseram a tratar deste tema estivessem fazendo um parêntesis na sua atividade principal, que era o pensar para responder a questões surgidas na época. Analisando historicamente a Grécia passava por um período de crise e Platão e Aristóteles aparecia nesse cenário como uma representação ressurgindo das ruínas da guerra do peloponeso<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/User/Meus%20documentos/Downloads/Paradigmas%20politicos.doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:PT-BR; mso-bidi-language:AR-SA">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>. Respondendo a um problema real, a reeducação de um povo que havia perdido seus valores morais e políticos em decorrência dos reveses da Guerra. Com isso Arendt citando Pascal menciona:</p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:114.0pt;text-align:justify;line-height: 150%"><span style="font-size:10.0pt;line-height:150%"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:114.0pt;text-align:justify;line-height: 150%"><span style="font-size:10.0pt;line-height:150%">Só conseguimos imaginar Platão e Aristóteles vestindo as grandes túnicas de acadêmicos. Eles eram pessoas de bem, como as outras, riam com seus amigos; e quando quiseram se divertir escreveram as Leis e a Política. Se escreveram sobre a política foi como que para pôr ordem em um hospício; e se deram a impressão de estar falando uma grande coisa, é porque sabiam que os loucos a que falavam pensavam ser reis e imperadores. Adotaram seus princípios para tornar a loucura deles o mais inofensiva possível. (ARENDT, P.116.2002).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:45.1pt;line-height: 150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:45.1pt;line-height: 150%"><span> </span>Entretanto, apesar da primazia da vida contemplativa sobre as atividades da vida ativa durar por um longo período de tempo. Sofreu um “grande golpe” que constitui uma completa inversão desde quadro o pensamento passou a ser exercido como instrumento de ação e fabricação.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:45.1pt;line-height: 150%">O grande nome em destaque que completou essa total inversão compreendido por Arendt visto os fatores históricos, sociais e filosóficos foi Karl Marx. Com base a esta inversão de posições o estudioso de Arendt, Duarte (2000) diz: </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:45.1pt;line-height: 150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:114.0pt;text-align:justify;line-height: 150%"><span style="font-size:10.0pt;line-height:150%">Arendt reconhecia em Marx o maior teórico da modernidade, não apenas porque ele percebera o movimento de completa reversão do paradigma instaurado na Grécia antiga, segundo o qual a atividade de política e o exercício da liberdade ocupavam o ápice da hierarquia das atividades humanas, enquanto trabalho e a sujeição humana às necessidades da vida ocupavam o seu estágio mais baixo, mas, também, porque ele antecipara em sua reflexão muitos outros traços característicos do nosso presente. (DUARTE,p.81,2000.)<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:114.0pt;text-align:justify;line-height: 150%"><span style="font-size:10.0pt;line-height:150%"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:45.6pt;line-height: 150%">Marx em sua tese onze sobre Feubarch que constitui uma das reflexões importantes suas sobre o fim da Filosofia alemã clássica ele que diz: “Os filósofos têm apenas <em>interpretado</em> o mundo de maneiras diferentes; a questão, porém, é <em>transformá-lo”</em>. Esse enunciando se torna o ápice da inversão do antigo modelo clássico de pensar.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:45.6pt;line-height: 150%">Sendo assim se na Grécia e na Roma antigas o trabalho era uma atividade da qual era preciso estar liberto para se poder participar da liberdade política, quer dizer, da participação ativa na definição dos rumos da cidade. Atualmente podemos afirmar que o trabalho é a ocupação essencial dos homens, que dedicam o seu tempo livre ao desfrute da liberdade privada na apropriação e consumo dos bens produzidos.</p> <span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:PT-BR; mso-bidi-language:AR-SA">Concluímos as reflexões sobre Hannah Arendt e sua releitura da política apartir da antiguidade e seu fim na modernidade; quando ela afirma que Marx a definir que com tempo a política e o estado desapareciam e os homens cuidariam apenas da administração privada. Ele voltou todos os assuntos humanos à mera necessidade de sobrevivência, infelizmente o seu pensamento que almejava instaurar o reino da liberdade acabou não se concluído, o que restou foi homens presos ao trabalho como única forma de sobreviver a uma era demarcada pela revolução industrial, a liberdade se reduziu a meros <i>hobbies<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/User/Meus%20documentos/Downloads/Paradigmas%20politicos.doc#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:PT-BR; mso-bidi-language:AR-SA">[2]</span></b></span><!--[endif]--></span></span></a></i>.</span> <div><!--[if !supportFootnotes]--><br /> <hr align="left" size="1" width="33%"> <!--[endif]--> <div id="ftn1"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/User/Meus%20documentos/Downloads/Paradigmas%20politicos.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> Guerra entre Atenas e Esparta ocorrida em <st1:metricconverter productid="431 a" st="on">431 a</st1:metricconverter>.C-<st1:metricconverter productid="404 a" st="on">404 a</st1:metricconverter>.C iniciada durante o governo de Péricles que veio a morrer durante o conflito. Atenas foi derrotada por Esparta perdendo assim o domínio sobre as outras cidades gregas encerrando o que teria sido um período de grande desenvolvimento cultural, político e econômico de Atenas governada por Péricles. A conseqüência imediata desta guerra que se arrastou por muito tempo foi a decomposição moral da sociedade e a transmutação de todos os valores. (JAEGER,p.458,2003.)</p> </div> <div id="ftn2"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/User/Meus%20documentos/Downloads/Paradigmas%20politicos.doc#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> Max predisse corretamente, embora com indevido júbilo, a ‘decadência’ da esfera pública nas condições de livre desenvolvimento das forças produtivas da sociedade; e estava igualmente certo, isto é, coerente com sua noção do homem como <i>animal laborans, </i>quando previu que, ‘socializados’ e libertos dos trabalho, os homens gozariam essa liberdade em atividades estritamente privadas e essencialmente desprovidas de mundo <i>worldless </i>que hoje chamamos de “<i>hobbies”.</i>(DUARTE, p.82,2000.)</p><p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%">Referências:<span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px; line-height: 19px; "> </span></p> <p class="MsoNormal">ARENDT, Hannah. <i>A vida do espírito. O penar, o querer, o julgar</i>. 4º ed. Rio de Janeiro: Editora Relume-Dumará, 2002.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" ><span class="Apple-style-span" style="line-height: 19px;">_________________</span></span><span class="Apple-style-span" style="line-height: normal; ">.<i> Entre o Passado e o Futuro. </i>5º ed. São Paulo: Editora Perspectiva, trad: Mauro W. Barbosa, Coleção Debates 2005.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p>______________. <i>A vida do espírito. O penar, o querer, o julgar</i>. 4º ed. Rio de Janeiro: Editora Relume-Dumará, 2000.</p><p></p> </div></div>Dhemahttp://www.blogger.com/profile/11216198215063260513noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7655452836356773799.post-17005481041902623162011-07-26T23:37:00.001-03:002011-07-26T23:37:44.319-03:00Amy Winehouse<p>Não sabemos o que pode uma voz....</p><p>Com quais afetos ela se implica... com quais mundos ela se compõe...</p><p>Solta... Livre.... ela vai seguindo sua trilha...</p><p>Desconexa trilha...</p><p>Caminho sem acostamento e retorno... tênue linha entre o seguir ou o se jogar</p><p>Não há meio termo.... Não há paráfrase</p><p>Entre um gole e outro</p><p>Entre um sexo e outro.... criação</p><p>Entre Ela e si-mesmo.... abissal geometria da des-razão</p><p>O que pode uma voz contra a tirania da moral?</p><p>Contra a tolice.... Contra os maneirismos da convenção....</p><p>E deparamo-nos com um déjà-vu...</p><p>Uma repetição de morte sobre morte.... (Joplin, Morrisson, Cobain, Eller, Ella, Maysa, Elis, Hendrix, Amy... e outros... outros... outros...) Talvez nós, um dia?</p><p>De uma literatura escrita pela via trágica da insuficiência... da ausência</p><p>A voz foi insuficiente... o texto foi insuficiente... o som foi insuficiente...</p><p>Sensível diluição da vida... que escorria lentamente pelo tempo molecular dos segundos...</p><p>Não há mais possível...</p><p>Só esgotamento. Cansaço.</p><p>E assim... num gole e outro... num pico e outro...</p><p>Numa lágrima que escorre silenciosamente por uma face marcada pela impaciência...</p><p>Um último ar passa pelos pulmões... Um último líquido arrefece a dor...</p><p>Por um caminho que jamais retornará...</p><p>Amy, uma vida...</p>Dhemahttp://www.blogger.com/profile/11216198215063260513noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7655452836356773799.post-24450453379641664362011-06-24T18:04:00.001-03:002011-06-24T18:05:55.341-03:00Roger Waters and David Gilmour: Comfortably Numb, Live, O2 Arena 2011<iframe src="http://www.youtube.com/embed/hUYzQaCCt2o?fs=1" allowfullscreen="" frameborder="0" height="295" width="480"></iframe>Dhemahttp://www.blogger.com/profile/11216198215063260513noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7655452836356773799.post-89151975209910173872011-06-24T17:45:00.000-03:002011-06-24T17:45:12.764-03:00Roger Waters, David Gilmour, Nick Mason and The Bleeding Heart Band: Out...<iframe src="http://www.youtube.com/embed/uZqS7LAyup4?fs=1" allowfullscreen="" frameborder="0" height="295" width="480"></iframe>Dhemahttp://www.blogger.com/profile/11216198215063260513noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7655452836356773799.post-28011220648006455422011-06-03T11:28:00.003-03:002011-06-03T11:32:08.576-03:00Ciro dos Anjos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTqBIeo_NTJ8NfV2-k2mQCO981zoQI_HmwfcoQn9XqanOIf6U4B6FY-Kr0Nj2lUVdDKkBMMjDRwb0HH2u3VR4uo3zaPQB8-rrIKb-SN939xPZksiapBr6GSs_Wb34Twn9COLjd3kPh1HM/s1600/ciro-dos-anjos.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 160px; FLOAT: left; HEIGHT: 210px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5614000616870024098" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTqBIeo_NTJ8NfV2-k2mQCO981zoQI_HmwfcoQn9XqanOIf6U4B6FY-Kr0Nj2lUVdDKkBMMjDRwb0HH2u3VR4uo3zaPQB8-rrIKb-SN939xPZksiapBr6GSs_Wb34Twn9COLjd3kPh1HM/s400/ciro-dos-anjos.jpg" /></a>Romancista e ensaísta, Ciro Versiani dos Anjos nasceu em Montes Claros/MG, em 1906. Uma das características básicas da literatura do último século é, a partir da "morte de Deus", estabelecer as palavras de um cotidiano pequeno, onde a solidão humana encontre apenas sua inquietude e a impossibilidade de abrigo na natureza ou na sociedade. Foi assim com Beckett, com Kafka e com o Fernando Pessoa do ‘Livro do Desassossego’, por exemplo. Dentro desses parâmetros, o movimento modernista mineiro deu à luz a um de seus grandes escritores: buscando alternativas para o romance clássico e um tipo de narrativa que alargasse os limites ficcionais, Ciro dos Anjos, em seus primeiros e mais importantes livros, explora a forma do diário escrito por pessoas insignificantes, que narram suas observações do pequeno cotidiano urbano, os sonhos frustrados, o dia-a-dia de um burocrata solteiro, enfim, o que se poderia chamar de uma vida "menor" e subalterna. Se o funcionário público é um dos símbolos nacionais de uma experiência sem desafios, sem paixões e adaptada aos desumanos trâmites burocráticos, ele se adequará às tensões intimistas desse escritor que faz da literatura a única salvação possível. Obras<br />O Amanuense Belmiro (1937)<br />Abdias (1945)<br />Explorações do Tempo (1952)<br />A Montanha (1956)<br />A Criação Literária (1959)<br />Poemas Coronários (1964)<br />A Menina do Sobrado (1979)<br /><br /><br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFwKE5tbMFtMp2OrPbeKweACE8WJ7Z7R6HefLUVRAbu4v5rptZvz1xYK_TGIbjwSG2RHi1jzgee7pFkg-RWGh-xthdvTE_igoyQOdjWsjfUKswFYgyfvxg8twNguEkaiFjd_eVZXvXVcQ/s1600/belmiro.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 128px; FLOAT: left; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5614000854126904530" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFwKE5tbMFtMp2OrPbeKweACE8WJ7Z7R6HefLUVRAbu4v5rptZvz1xYK_TGIbjwSG2RHi1jzgee7pFkg-RWGh-xthdvTE_igoyQOdjWsjfUKswFYgyfvxg8twNguEkaiFjd_eVZXvXVcQ/s200/belmiro.jpg" /></a>Livro de estréia desse mineiro que integrou a geração modernista de 1930. De linhagem psicológica, revelando profunda influência machadiana, porta-se como observador perspicaz e contido, utiliza-se freqüentemente de uma fina ironia, do pessimismo amargo e revela-se continuador da tradição memorialista que foi comum no romance do século XIX. O crítico português Adolfo Casais Monteiro, sobre O Amanuense Belmiro diz: "uma melodia como raramente o romance no-la dá, um bafo de vida a tal ponto real que desperta imediatamente tudo o que há de mais íntimo e secreto em cada um." A primeira edição do livro data de 1936 e já consagra Ciro dos Anjos como um dos grandes prosadores da Literatura Brasileira, sendo essa sua principal obra, embora tenha escrito mais um outro romance, que recebeu o título de Abdias. O Amanuense Belmiro é narrado em primeira pessoa por Belmiro Borba, personagem central, homem tímido e sonhador, ao mesmo tempo dotado de grande capacidade de observar a si e aos outros. Solteirão e empregado de repartição pública em que era amanuense (encarregado geralmente de fazer cópias e/ou ofícios), vive em Belo Horizonte com duas irmãs mais velhas. Em uma noite de carnaval contempla uma jovem desconhecida, identificada posteriormente como Carmélia, por quem se apaixona, mas mantém-se distante, nunca revelando seus sentimentos. Paralelamente, vai seqüenciando uma série de meditações que surgem a partir de conversas com um grupo de amigos (Jandira, Silviano, Redelvim, Florêncio, Glicério). Ao mesmo tempo relembra a infância, fazendo coincidir a amada Carmélia, que ele chama de donzela Arabela, com uma antiga namoradinha. Em tudo, Belmiro refugia-se nos sonhos, nas ilusões, raramente enfrenta a realidade, é incapaz de ações incisivas. O mundo pequeno desse homem é revelado gradativamente, por meio de uma espécie de diário, em que procuraria registrar cenas do cotidiano e reflexões e recordações.Dhemahttp://www.blogger.com/profile/11216198215063260513noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7655452836356773799.post-16873018362129040072011-05-17T23:03:00.001-03:002011-05-17T23:06:01.091-03:00Aboliu-se o mérito e agora aprova-se a frase errada para não constranger.<strong>Alexandre Garcia comenta o livro de português, abonado pelo MEC, que defende que não há o errado na língua portuguesa, mas o inadequado. Edição do dia 17/05/2011 </strong><br /><br />Na semana passada, foi distribuído para quase meio milhão de alunos um livro de português que defende um novo conceito sobre o uso da língua portuguesa. Não teria mais certo ou errado, e sim adequado ou inadequado, dependendo da situação. O Ministério da Educação esclareceu que a norma culta da língua portuguesa será sempre a exigida nas provas e avaliações.<br /><br />Quando eu estava no primeiro ano do grupo escolar e falávamos errado, a professora nos corrigia, porque estava nos preparando para vencer na vida. É notório que o conhecimento liberta, forma eleitores e contribuintes conscientes, gente que cresce e faz o país crescer.<br /><br />É notório que o conhecimento vem pela educação na escola, em casa e na vida. E é óbvio que a raiz de tudo está na capacidade de se comunicar, na linguagem escrita que transmite e difunde o conhecimento e o pensamento. Isso é o que diferencia o homem dos outros animais.<br /><br />A educação liberta e torna a vida melhor, nos livra da ignorância, que é a condenação à vida difícil. Quem for nivelado por baixo terá a vida nivelada por baixo.<br /><br />Pois, ironicamente, esse livro se chama “Por uma vida melhor”. Se fosse apenas uma questão linguística, tudo bem, mas faz parte do currículo de quase meio milhão de alunos. E é abonado pelo Ministério da Educação. Na moda do politicamente correto, defende-se o endosso a falar errado para evitar o preconceito linguístico.<br /><br />Ainda hoje, todos viram o chefão do FMI algemado. Aqui no Brasil, ele não seria algemado porque não ofereceria risco. No Brasil, algemas constrangem os detidos. Aqui, os alunos analfabetos passam automaticamente de ano para não serem constrangidos. Aboliu-se o mérito e agora aprova-se a frase errada para não constranger.<br /><br />A Coreia saiu arrasada da guerra através de duas ou três décadas de educação rígida. A China, que há poucos anos estava atrás do Brasil, sabe onde está indo a razão de 10% ao ano do PIB: com educação rígida, tradicional, competitiva e premiando o mérito. Aqui, estamos apontando para o sentido contrário.<br /><br />Alexandre Garcia Jornalisa da Rede GloboDhemahttp://www.blogger.com/profile/11216198215063260513noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7655452836356773799.post-3304561018600635752011-04-15T15:28:00.005-03:002011-04-19T09:12:05.883-03:00As conseqüências do sexo!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEbkVOs8mLG8sEL7k46DQcuo54q2bmRgXtrOZxKJyyj6f584HudhaexAmnRNVhAbq7lEaxcikWQT_VLzzEJfYtPMD3ht6m4W1SlEW92naMcF7TF4VQ8cCM1AOfTg00IhyphenhyphenHsxvRpt51xtQ/s1600/1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 301px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEbkVOs8mLG8sEL7k46DQcuo54q2bmRgXtrOZxKJyyj6f584HudhaexAmnRNVhAbq7lEaxcikWQT_VLzzEJfYtPMD3ht6m4W1SlEW92naMcF7TF4VQ8cCM1AOfTg00IhyphenhyphenHsxvRpt51xtQ/s400/1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5597266305431851794" /></a>Dhemahttp://www.blogger.com/profile/11216198215063260513noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7655452836356773799.post-89606300528084982862011-04-14T16:23:00.002-03:002011-04-14T17:06:58.655-03:00Em AnáliseAo entrar em análise é impressionante a quantidade de coisas que surgem, principalmente os não ditos. O processo é importante para a minha formação, mas também para a minha vida. Tenho a sensação de que as palavras saem sozinhas. Falo tanto que acho 50 min não são suficientes. Ainda estou no começo, mas já percebo alterações, como um alívio, como se estivessem tirando um peso. Daí tem surgido várias reflexões sobre minha vida. Como as relações familiares ainda possuem um forte peso em minha vida, se sou o que sou basicamente pelas minhas vivências. Será que não existem aspectos próprios? Eu acredito que sim, mas tenho ponderado muito sobre essa questão, e outras mais.<br />Tenho que me compreender para compreender o outro. Não é simples como parece. Cada um de nós carrega uma história de vida muito complexa e, para podermos entrar no mundo do outro, temos que estar bem conscientes do nosso. Apesar de ter tido uma história “tranqüila”, “normal”, ainda assim sou um ser cheio de falhas e faltas como todo mundo. Tenho minhas neuroses e obsessões. Tenho muito o que trabalhar para acalentar minhas angústias. Tenho que controlar essa minha cede de vida, quero tudo ao mesmo tempo, quero sempre mais e não é assim que a vida funciona.<br />Freud acaba com o nosso narcisismo ao falar da falta que constitui o ser humano, e que é por isso que vivemos procurando por preenche - lá. Indago-me qual será o tamanho da minha falta? Será tão grande que jamais encontrarei um falo parcial para pelo menos diminuir essa angústia? Porque falos completos não existem na realidade, só na mitologia, principalmente em “Totem e Tabu”, onde existe o Grande Pai, cujo não é castrado. Para nós seres castrados pela grande Lei, temos que nos contentar com os falos parciais. Com a grande falta, será que minha castração foi tão grande assim? Será que isso me imobiliza tanto? <br />O que mais me mata é minha impotência diante da vida. Como já passei próximo da morte tenho plena consciência da finitude de nossas vidas e isso só funciona como o vento em uma queimada, inflamando ainda mais minha cede. Não sei se isso é bom ou ruim ainda, pois como tudo possui dois lados. <br /><br />Autora: Cecília Tupynambá Guimarães - Piscologia - Puc MinasDhemahttp://www.blogger.com/profile/11216198215063260513noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7655452836356773799.post-31312941832850932702011-04-14T12:28:00.002-03:002011-04-14T12:33:57.923-03:00'Film' (1965) by Alan Schneider & Samuel Beckett<iframe width="425" height="344" src="http://www.youtube.com/embed/swcmLH085ms?fs=1" frameborder="0" allowFullScreen=""></iframe> <br />Ao se falar da percepção este filme de Samuel Beckett vai trabalhar muito bem este tema. Assita e analise com ele vai tratar bem o papel da "percepção".Dhemahttp://www.blogger.com/profile/11216198215063260513noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7655452836356773799.post-73395908882881092652011-04-12T09:45:00.000-03:002011-04-12T09:45:30.287-03:00Chico Buarque Filosofia<iframe width="425" height="344" src="http://www.youtube.com/embed/7NnkpKQjwaY?fs=1" frameborder="0" allowFullScreen=""></iframe>Dhemahttp://www.blogger.com/profile/11216198215063260513noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7655452836356773799.post-36383050654115278872011-04-10T20:18:00.002-03:002011-04-10T20:21:39.591-03:00Instantes<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCGWhFEez2FgTH5s8a5qJR3Pyw3Mj0fDL3MlzD_3FZWRB8NhBomJJmBU_LGA719_ZbMi_BLpAvXUpVDiuPN0Dki8O8Kk1DCAsyRkLhl085Hh0v6e-5fBhhmAWjBGZzp2hSREEioKlcL4M/s1600/jorge-luis-borges.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 234px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCGWhFEez2FgTH5s8a5qJR3Pyw3Mj0fDL3MlzD_3FZWRB8NhBomJJmBU_LGA719_ZbMi_BLpAvXUpVDiuPN0Dki8O8Kk1DCAsyRkLhl085Hh0v6e-5fBhhmAWjBGZzp2hSREEioKlcL4M/s320/jorge-luis-borges.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5594099013670952290" /></a><br /><br />Si pudiera vivir nuevamente mi vida, <br />próxima trataría de cometer más errores. <br />No intentaría ser tan perfecto, <br />más relajado, sería más tonto de lo que he sido. <br /><br />De hecho, tomaría muy pocas cosas con seriedad. <br />Sería menos higiénico. Me gustaría correr más riesgos, <br />más vacaciones, contemplaría más atardeceres, <br />subiría más montañas, nadaría más ríos. <br />Iría a más lugares donde nunca estuvo, <br />tomaría más helados y menos habas, <br />tendría más problemas reales y menos problemas imaginarios. <br /><br />Yo era una de esas personas que vivió sensata <br />y profundamente cada minuto de su vida; <br />Por supuesto que tuve momentos de alegría. <br />Pero si pudiera volver a vivir sólo tratan <br />pasar un buen rato. <br /><br />Porque si usted no sabe, que la vida está hecha sólo de momentos; <br />no perderlo ahora. <br />Yo fui uno de esos que nunca iban <br />a ninguna parte sin un termómetro, <br />una botella de agua caliente, un paraguas y un paracaídas, y <br />si volviera a vivir, viajaría más liviano. <br /><br />Si pudiera volver a vivir, <br />comenzaría a andar descalzo a principios de primavera <br />y seguiría siéndolo hasta el final del otoño. <br />Yo Daría más vueltas carro, <br />contemplaría más amaneceres y jugaría con más niños, <br />Si tengo una vida por delante. <br />Pero ya ven, tengo 85 años y me estoy muriendo.<br /><br />Jorge Luís BorgesDhemahttp://www.blogger.com/profile/11216198215063260513noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7655452836356773799.post-63152128128804112512011-04-10T18:24:00.004-03:002011-04-10T18:32:54.067-03:00A Representação e as três primeiras raízes do princípio da razão.Márcia Cristina Silva Teixeira - UNIMONTES<br /><br />Shopenhauer começa sua obra com a frase: “O mundo é minha representação”. Tendo em vista que toda representação é constituída a partir do sujeito e objeto. E estes numa relação de igualdade, onde um completa o outro não existindo separadamente. Em que o objeto está para o sujeito como representação, e não como coisa em si. “Ser objeto para el sujeto y ser nuestra representación, es lo mismo. Todas nuestras representaciones son objetos del sujeto, y todos los objetos del sujeto son nuestras representación.” Portanto toda a relação dos seres vivos com os objetos do mundo, será uma relação por meio de representações. Onde o homem se destaca do animal pela reflexão.<br />Para tratar da representação, o filosofo propõe o que são os princípios da razão: (I) Principio da razão do devir, ou da causalidade, onde são submetidos representações do mundo, a experiência, (II) princípio de razão do conhecer, a ele é submetido as representações de representações, ou seja, conceitos, (III) principio de razão do ser, a eles são submetidas a parte formal das representações, isto é, as intuições das formas dos sentidos externos e internos dadas a priori: espaço e tempo; e por fim o que citaremos aqui, mas não entraremos em detalhes, por se tratar da questão da vontade e que não trataremos nesse momento, (IV) princípio da razão de agir, a ele está submetido o sujeito da vontade, isto é, o agir conforme a lei da motivação. <br />Segue aqui uma citação que esclarece a importância que Schopenhauer dá ao princípio da razão para seu pensamento filosófico:<br /><br />No meu ensaio sobre o princípio de razão mostrei detalhadamente como qualquer // objeto possível está submetido a esse princípio, ou seja, encontra-se em relação necessária com outros objetos, de um lado sendo determinado, do outro determinando. (Schopenhauer, O mundo como vontade e como representação. Pág 46, 2005).<br /><br /> <br />Schopenhauer busca os conceitos a partir da experiência, o pensador propõe primeiramente o empírico, no campo da experiência na relação com os objetos. Essa importância pode ser percebida no primeiro principio da razão, que é o do devir, ou seja, prioritariamente há intuição necessária com os objetos que se encontram no sensível. Numa percepção em que está contida causas e efeitos. Se trata da construção dos objetos da efetividade, em constante mudança, o próprio entendimento intue fenômenos. Aqui falamos do principio da causalidade, aquele que se aplica ao devir. Toda a percepção espaço temporal é uma seqüência, logo um devir.<br /> Após o primeiro principio da razão; a causalidade. Trataremos do segundo principio que é o do conhecer. O homem valendo-se da razão, pode elaborar reflexões, que seria o conhecimento abstrato, e é uma das classes das representações; os conceitos. Sendo que a primeira classe é a representação intuitiva, onde encontramos o primeiro e o terceiro principio da razão. O segundo, do qual tratamos agora, é o raciocínio sobre as representações, “representações de representações”, que constroem os conceitos. Percebemos nesse sentido a relação do entendimento com a causalidade, a partir da necessidade de um conhecimento abstrato. Conhecimento este que é exclusividade do homem, embora os animais possuam o entendimento, este não tem a capacidade da reflexão. E é esta raiz do princípio da razão (do conhecer) que rege a linguagem e a forma de expressar o mundo.<br />Schopenhauer comungando do pensamento kantiano também propõe fundamentos a priori em sua teoria, que asseguram a relação de sujeito e objeto e seus limites. <br /><br />(...) A comunidade desse limite mostra-se precisamente no fato de as formas essenciais e universais de todo objeto – tempo, espaço e causalidade – também poderem ser encontradas e completamente conhecidas partindo-se do sujeito, sem o conhecimento do objeto, isto é, na linguagem de Kant, residem a priori em nossa consciência. Ter descoberto isso é um dos méritos capitais de Kant, e bem grande. (Schopenhauer, O mundo como vontade e como representação. Pág. 46, 2005).<br /><br /><br /> Compõem-se assim os fundamentos da teoria schopenhauriana a partir dos conceitos a priori propostos por Kant: espaço e tempo; que são expressos no terceiro princípio de razão, que é o do ser. Este está inserido no princípio do devir, resgatando as intuições das formas a priori, espaço e tempo. Como pensava seu predecessor, os objetos não podem ser dados sem essas duas condições de possibilidade que são destituídas de conteúdo sendo o elemento em comum de todos os fenômenos.<br />(...) a experiência tem antes de ser pensada como dependente dela, visto que as propriedades do espaço e do tempo, conhecidas a priori pela intuição, valem para toda experiência possível como leis com as quais, na experiência, tudo tem de concordar. Eis por que, no meu ensaio sobre o princípio de razão, considerei o tempo e o espaço, na medida em que são intuídos puramente e vazios de conteúdo, uma classe especial de representações que subsistem por si mesmas. De extrema importância é a propriedade descoberta por Kant de que justamente essas formas universais da intuição são intuiveis por si, independentes da experiência, e cognoscíveis segundo sua inteira conformidade a leis. (Schopenhauer, O mundo como vontade e como representação. Pag 47, 2005).<br /><br /><br /> Depois de apresentados as três raízes primeiras do principio podemos concluir por aqui, mostrando que Schopenhauer busca com esse princípio estabelecer um método que fosse capaz de expressar como de dá o conhecimento e quais as suas leis. Destarte, percebemos então que para o filosofo; “o princípio da razão é essencial no objeto e precede a ele, e ainda é a maneira universal de todo ser objeto”. O que torna possível o ser-objeto, nada mais é que o princípio da razão, é este que assegura a correlação entre sujeito/objeto. E este princípio é fundamental, traz consigo expressões abstratas válidas para todo o conhecimento.<br /><br /><br />BIBLIOGRAFIA<br /><br />SCHOPENHAUER, Arthur. "O Mundo como vontade de Representação (livro III), Crítica a Filosofia Kantiana, Pererga e Paralipomena". Coleção Os Pensadores, São Paulo, Nova Cultural, 1988.Dhemahttp://www.blogger.com/profile/11216198215063260513noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7655452836356773799.post-91790839757926677532011-04-05T15:49:00.001-03:002011-04-05T15:50:45.182-03:00Kigeki - Curta de animação de Kazuto Nakazawa<iframe width="425" height="344" src="http://www.youtube.com/embed/PLgcOq9A5R4?fs=1" frameborder="0" allowFullScreen=""></iframe> <br />O que viu no castelo naquele noite tempestuosa...<br />e o que viu na ponte, ontem a noite...<br />nunca diga nada a ninguém.<br />Se te atreverdes a falar...<br />te encontrarei onde quer que estejas...<br />e te matarei.<br />despedaçarei.<br />esmagarei os teus ossos e comereia sua carne...<br />beberei o teu sangue.<br />Eu...<br />te devorarei.<br />Assim começa esta animação.Dhemahttp://www.blogger.com/profile/11216198215063260513noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7655452836356773799.post-16628484901713432452011-04-05T11:46:00.004-03:002011-04-21T11:41:16.461-03:00GILLES DELEUZE O PENSAMENTO E O CINEMA: A NOVA IMAGEM DO PENSAMENTO<strong>Adhemar Santos de Oliveira<br /><br />Um dos grandes problemas encontrado na história da filosofia por Gilles Deleuze é a questão do pensamento e as suas novas formas de expressão do pensar. Desse modo, quando a sua filosofia se encontra em relação a não-filosofia, o filósofo francês estabelece uma conexão a partir da questão central que vem percorrendo em todas as suas obras, desde seus textos monográficos sobre filósofos como Spinoza, Nietzsche, Bergson, entre outros, e na literatura de Proust e Kafka, na arte de Francis Bacon, no teatro de Backett, no cinema e nas ciências, pois, Deleuze nos colocará diante de questões como: O que é o pensamento?, o que é pensar? e Em que medida é possível dar ao pensamento novos meios de expressão tanto na filosofia, como nas ciências, nas artes e na literatura?<br /> Para traçar um caminho no pensamento deleuzeano, temos que partir da constituição do problema da imagem do pensamento e da gênese da criação do conceito. <br />Por conseguinte, Deleuze apresenta em suas obras um esforço de crítica a um tipo de pensamento que imposto pela filosofia da representação nos indica a construção de uma filosofia da diferença. Porém tanto a crítica ao modo de pensamento da filosofia da representação e com a construção de uma filosofia da diferença, o filósofo francês vai nós indica para uma nova imagem do pensamento ou um pensamento sem imagem.<br />Contudo, Deleuze em sua obra Nietzsche e a Filosofia (1976) indica uma distinção entre duas imagens do pensamento uma moral e dogmática e outra nomeada de uma nova imagem do pensamento. Porém, destaco outras duas grandes obras, a qual o filósofo francês vai mostrar o problema da imagem do pensamento: Proust e os signos (1987), e Diferença e Repetição (1988).<br />Na obra Proust e os signos Deleuze irá analisar o tempo em Recherche du temps perdu e apresentará a imagem dogmática do pensamento como uma imagem racionalista da filosofia questão a qual o filósofo francês já havia mostrado em Nietzsche e a Filosofia. Porém, Deleuze nos mostra em Proust e os signos uma imagem do pensamento com as relações entre signos, pensamento e criação.<br /><br /><br />O que nos força pensar é o signo. O signo é o objeto de um encontro; mas é precisamente a contingência do encontro que garante a necessidade daquilo que ele faz pensar. O ato de pensar não decorre de uma simples possibilidade natural; ele é, ao contrário, a criação verdadeira. A criação é a gênese do ato de pensar no próprio pensamento. (Deleuze, Gilles. Proust e os signos. Pag. 91)<br /><br />Esta gênese apontada pelo filósofo francês vem a ser implicada como alguma coisa que violente o pensamento, e que retire o pensamento de sua imobilidade, consequentemente, esta violência ocorrida pela ação de forças externas. É partindo desse pensamento que estabelecemos a relação entre cinema e pensamento, pois tal arte vem apresentar o problema do pensamento através de suas imagens, apontando assim para uma nova a imagem do pensamento.<br />Entretanto, em Proust e os signos, Deleuze também irá mostrar vários tipos de signos, como os signos mundanos, amorosos e o da arte, sendo que o último transforma todos os outros signos.<br /><br /><br />[...] que o problema de Proust é o dos signos em geral e que os signos constituem diferentes mundos: signos mundanos vazios, signos mentirosos do amor, signos sensíveis materiais e, finalmente, signos essenciais da arte (que transformam todos os outros). (Deleuze, Gilles. Proust e os signos. Pag. 13)<br /><br /><br />Ademais, Deleuze, ao analisar a arte cinematográfica criará vários conceitos para tal arte. Além disso, o filósofo francês pensa o cinema como um movimento automático que faz surgir em nós um autômato espiritual. <br />Para Deleuze as imagens que o cinema nos oferece são potências comuns, que nos forçam a pensar, e este pensamento que é provocado pelas imagens do cinema vão nos provocar um choque. Esse choque que é provocado pelas imagens e signos cinematográficos. O filósofo francês chamará este choque de “noochoque”; chegando a citar Heidegger , ao afirmar que o homem sabe que tem a possibilidade de pensar, porém ele ainda não garante que sejamos capazes de atingir espontaneamente o pensamento; o fato de termos a possibilidade de pensar não nos coloca automaticamente no plano do pensamento. <br /><br /><br />É essa capacidade, essa potência, e não a mera possibilidade lógica, que o cinema pretende nos dar comunicando-nos o choque. Tudo se passa como se o cinema nos dissesse: comigo, com a imagem-movimento, vocês não podem escapar do choque que desperta o pensamento em vocês. Um autômato subjetivo e coletivo para um movimento automático: arte das “massas” Todos sabem que, se uma arte impusesse necessariamente o choque ou vibração, o mundo teria mudado há muito tempo e há muito tempo os homens pensariam. (DELEUZE, Gilles. Cinema II: A Imagem-Tempo. Pag. 190)<br /><br /> Logo, o espectador sofre um choque que o leva para o seu limite, e força o pensamento a pensar o todo enquanto totalidade intelectual que ultrapassa a imaginação. Para Deleuze, a imagem torna-se, então, pensamento.<br /> Deleuze, quando propõe um estudo no discurso científico ou expressões artísticas e literárias, jamais pretende fazer filosofia das ciências, das artes e da literatura, porém, para ele a filosofia tem com papel criar conceitos e não reflexão, pois entende que o filósofo é criador e não reflexivo.<br /><br /><br />Não creio que a filosofia seja uma reflexão sobre outra coisa, como a pintura ou o cinema... Não se trata de refletir sobre cinema... O cinema não é para mim um pretexto ou um domínio de aplicação. A filosofia não está em estado de reflexão externa sobre os outros domínios, mas em estado de aliança ativa e interna entre eles, e ela não é nem mais aberta, nem mais difícil... Quando se vive em uma época pobre, a filosofia se refugia em uma reflexão “sobre”... Se ela nada cria, que mais pode fazer se não refletir sobre?... De fato, o que interessa é retirar do filósofo o direito à reflexão sobre. O filósofo é criador e não reflexivo. (MACHADO, Roberto apud DELEUZE, Gilles. Deleuze, a arte e a filosofia. Pag. 12)<br /><br />Imagem-movimento e Imagem-tempo são conceitos que Deleuze criou para relacionar filosofia e cinema, pois a filosofia é criadora de conceitos e criará conceitos para o cinema. Esta relação de filosofia e cinema é uma relação da imagem com o conceito. Contudo, Deleuze propõem uma nova forma de imagem do pensamento.<br />Ao analisar este problema, das relações entre cinema e pensamento, retornaremos na base do cinema clássico e nos mestres da montagem. O filósofo francês estabelece três pontos de criação cinematográfica e a possibilidade de pensar o cinema, ele irá remeter ao cinema francês como um cinema do sublime matemático ou dinâmico, ao cinema norte americano como um cinema orgânico e ativo e ao cinema soviético, com sua montagem dialética, destacando o cineasta Eisenstein.<br /> No cinema soviético, em especial nas criações cinematográficas de Eisenstein, ele faz com que o movimento vai primeiro da imagem ao pensamento, do preceito ao conceito, nesta forma as imagens e seus componentes crido pelo cineasta russo provocam um choque sobre os espectadores que o forçam a pensar o Todo. Pois, o Todo só pode ser pensado com a representação indireta do tempo, que decorre do movimento e com intermédio da montagem, visto que, a montagem é fundamental para o cinema clássico em especial para o cinema de Eisenstein. Nesta forma, o cinema soviético coloca o Todo sendo pensado como uma totalidade orgânica de acordo com a dialética. Deleuze mostra que o cinema de Eisenstein é muito influenciado pela dialética hegeliana:<br /><br /><br />O todo não deixa de ser aberto (a espiral), mas é para interiorizar a sequência das imagens, tanto quanto para se exteriorizar nessa sequência. O conjunto forma um Saber, à maneira hegeliana, que reúne a imagem e o conceito como dois movimentos indo um em direção do outro. (DELEUZE, Gilles. Cinema II: A Imagem-Tempo. Pag. 195)<br /><br />No cinema soviético, Deleuze aponta três momentos que vai estabelecer a questão entre pensamento e cinema, o primeiro momento vai da imagem ao conceito, o segundo momento vai do conceito a imagem e o terceiro momento provoca o encontro entre a imagem e o conceito, desta forma, uma não antecipa mais o outro, eles se confundem. Diante disso, estamos diante de um cinema dialético e que o terceiro momento seria, para Eisenstein a síntese do pensamento e do próprio cinema.<br />Não obstante, esses três momentos apontados por Deleuze entre o pensamento e o cinema só podem ser encontrados no cinema das imagens-movimento, um cinema preso ao esquema sensório-motor.<br /><br />É bem verdade que três relações do cinema e do pensamento se encontram por toda a parte, no cinema da imagem movimento: a relação com um todo que só pode ser pensado numa tomada de consciência superior, relação com um pensamento que pode ser só figurado no desenrolar subconsciente das imagens, relação sensório-motora entre mundo e o homem, a Natureza e o pensamento. (DELEUZE, Gilles. Cinema II: A Imagem-Tempo. Pag. 197)<br /> <br /><br /> Ao analisar a ideia de choque no pensamento já pressupomos a imagem-ação, pois tal imagem é o ápice da imagem-movimento. <br />No entanto, foi com o cineasta Alfred Hitchcock que instalou uma crise na imagem-ação, substituindo o choque pelo suspense, a dialética de Eisenstein por uma lógica das relações, o cinema hitchcockiano passa de uma imagem do pensamento para imagem-pensamento, por conseguinte, estamos diante da mudança da imagem-movimento para a imagem-tempo.<br /> Todavia, ao pensar as questões de cinema e pensamento, Deleuze nos aponta a importância que o dramaturgo Antonin Artaud tem para esta relação, pois, ele nos mostra que as relações entre o pensamento e o cinema, com o surgimento do cinema moderno deixa definitivamente o esquema sensório-motor do cinema clássico.<br /><br /><br />Se essa experiência do pensamento diz respeito essencialmente (não exclusivamente, no entanto) ao cinema moderno, é, antes de mais nada, em função da mudança que afeta a imagem: esta deixou de ser sensório-motora. Se Artaud é precursor, de um ponto de vista especificamente cinematográfico, é porque invoca “verdadeira situações entre as quais o pensamento encurralado procura uma saída sutil”, “situação puramente visuais, cujo drama resultaria de um choque feito para os olhos, feito, se ousamos dizer da substância mesma do olhar”. Ora, essa ruptura sensório-motora encontra sua condição mais acima, e remonta a uma ruptura do vínculo entre o homem e o mundo. A ruptura sensório-motora faz do homem um vidente que é surpreendido por algo intolerável no mundo, e confrontando com algo impensável no pensamento. (DELEUZE, Gilles. Cinema II: A Imagem-Tempo. Pag. 204-205)<br /><br /><br /> Consequentemente, os filmes deixam de apresentar uma história para desenvolver problemas, invadindo definitivamente o campo do pensamento: há o encontro do pensamento com a imagem, ou como diz Deleuze: um filme deixa de ser uma mera associação de imagens, o pensamento torna-se imanente à imagem. (VASCONCELLOS, Jorge. Deleuze e o Cinema. Pag. 166). Com a crise gerada por Hitchcock na imagem-ação e com o advento do cinema moderno o pensamento no cinema torna-se problemático. <br /> Dos cineastas modernos, Jean-Luc Gordad é, para Deleuze, o melhor exemplo para demonstrar as relações entre o cinema e o pensamento, pois, quando o cinema deixou de ser narrativo é com o cineasta Godard dele se tornar “romanesco”. Godard dá ao cinema as potências próprias do romance. Ele se dá tipos reflexivos como se fossem, estes, intercessores através dos quais Eu é sempre outro (DELEUZE, Gilles. Cinema II: A Imagem-Tempo. Pag. 225-226).<br /> Portanto, para Deleuze, Godard é o cineasta responsável de instituir um cinema do pensamento construindo um devir-cinema que faz nos remeter a filosofia da diferença de Deleuze. Godard estabelece uma ligação entre arte e filosofia, a estética e a ontologia, as imagens e os conceitos, pois o cineasta, tem mais a dizer à filosofia do que esta ao cinema. Na forma que Godard faz cinema, parece que ele tenta responder a grande pergunta de Deleuze “o que é pensar?”<br /><br /><br />Tomemos ainda um exemplo de cinema: Godard transforma o cinema, introduzindo, nele, o pensamento. Ele não faz um pensamento sobre cinema, ele fez o cinema pensar – pela primeira vez eu creio. No limite, Godard seria capaz de filmar Kant ou Spinoza, a Crítica ou A ética, e não seria um cinema abstrato nem a aplicação cinematográfica da filosofia. Ele encontrou simultaneamente novos meios e uma nova imagem que forçosamente, supõem um conteúdo revolucionário. (VASCONCELLOS, Jorge apud DELEUZE, Gilles. Deleuze e o cinema. Pag. 171)<br /><br /><br /><br /> Desse modo, Deleuze vê o cinema não como o aparelho mais aperfeiçoado da mais velha ilusão, mas como um órgão que aperfeiçoa uma nova realidade e uma nova forma de interpretação das imagens e do tempo. O filósofo francês não cinematiza a filosofia, ele vai introduzir movimento no discurso filosófico, por conseguinte, ele faz do cinema não só um intercessor da filosofia, como também criador de seus conceitos e signos ele faz um pensamento do cinema e apresenta uma nova imagem do pensamento.<br /> Para Deleuze, os conceitos que são próprios do cinema não se esgotam na sua definição técnica. Pois nenhuma determinação técnica, nem aplicada (psicanálise, linguística), nem reflexiva, basta para constituir os próprios conceitos do cinema. (DELEUZE, Gilles. Cinema II: A Imagem-Tempo. Pag. Pag. 332)<br /><br /><br /><br /><br />BIBLIOGRAFIA<br />DELEUZE, Gilles. Cinema II: A Imagem-Tempo. Tradução: Eloísa de Araújo Ribeiro: Revisão Filosófica: Renato Janine Ribeiro. São Paulo: Ed. Brasiliense, 2007.<br /><br />_____________. Diferença e repetição. Tradução: Luiz Orlandi e Roberto Machado. Lisboa - Portugal: Ed. Relógio D’água, 2000.<br /><br /><br />_____________. Nietzsche e a Filosofia. Tradução: Ruth Joffil Dias e Edmundo Fernandes Dias. Rio de Janeiro: Ed. rio, 1976.<br /><br /><br />____________. Proust e os signos. Tradução: Antonio Carlos Piquet e Roberto Machado. 2ªed. Rio de Janeiro: Ed. Forense Universitária, 2006.<br /><br />MACHADO, Roberto. Deleuze, a arte e a filosofia. Rio de janeiro: Zahar, 2009.<br /><br />VASCONCELLOS, Jorge. Deleuze e o Cinema. Rio de Janeiro: Ed. Ciência Moderna, 2006.</strong>Dhemahttp://www.blogger.com/profile/11216198215063260513noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7655452836356773799.post-45868869458162194912011-03-31T12:09:00.001-03:002011-03-31T16:58:58.337-03:00SONETO - A Frederico Nietzsche<strong>Para que nesta vida o espírito esfalfaste <br />Em vãs meditações, homem meditabundo?<br />- Escalpelaste todo o cadáver do mundo<br />E, por fim, nada achaste... e, por fim, nada achaste!...<br /><br />A loucura destruiu tudo o que arquitetaste <br />E a Alemanha tremeu ao teu gemido fundo!...<br />De que te serviu, pois, estudares profundo<br />O homem e a lesma e a rocha e a pedra e o carvalho e a haste?<br /><br />Pois, para penetrar o mistério das lousas,<br />Foi-te mister sondar a substância das cousas<br />- Construíste de ilusões um mundo diferente,<br /><br />Desconheceste Deus no vidro do astrolábio<br />E quando a Ciência vã te proclamava sábio,<br />A tua construção quebrou-se de repente!<br /><br />Augusto dos Anjos (1905, O Commercio).</strong>Dhemahttp://www.blogger.com/profile/11216198215063260513noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7655452836356773799.post-80405150242031155842011-03-31T11:52:00.001-03:002011-03-31T11:57:31.404-03:00Retirantes - Candido Portinari<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitidKnYG7JlzHkp-nOoBVammBi7DDpKM8J7h-40RdSrGvJZm_lePg_9B1VTXpaXzWrwDxBpkDw7KVy-jMbnjv2njZHOVU9B-Q8hwY-N0gcyDZTzxM8tfEs3eeBSfz-Y3ogxCQTgoRRRV0/s1600/retirantes-de-candido-portinari.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 304px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitidKnYG7JlzHkp-nOoBVammBi7DDpKM8J7h-40RdSrGvJZm_lePg_9B1VTXpaXzWrwDxBpkDw7KVy-jMbnjv2njZHOVU9B-Q8hwY-N0gcyDZTzxM8tfEs3eeBSfz-Y3ogxCQTgoRRRV0/s320/retirantes-de-candido-portinari.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5590257611222384402" /></a>Dhemahttp://www.blogger.com/profile/11216198215063260513noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7655452836356773799.post-52779419172626093002011-03-31T11:18:00.000-03:002011-03-31T11:18:07.963-03:00La double vie de Veronique<iframe width="425" height="344" src="http://www.youtube.com/embed/TEVlDb43v-4?fs=1" frameborder="0" allowFullScreen=""></iframe>Dhemahttp://www.blogger.com/profile/11216198215063260513noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7655452836356773799.post-89315855074212117582011-03-31T10:43:00.000-03:002011-03-31T10:43:25.547-03:00Chico Buarque - Construção<iframe width="480" height="295" src="http://www.youtube.com/embed/P7mHf-UCZp0?fs=1" frameborder="0" allowFullScreen=""></iframe>Dhemahttp://www.blogger.com/profile/11216198215063260513noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7655452836356773799.post-85435080729673456382011-03-30T17:07:00.001-03:002011-03-31T12:05:49.924-03:00Fernando PessoaNão sei quem sou, que alma tenho.<br />Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo.<br />Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros)...<br />Sinto crenças que não tenho.<br />Enlevam-me ânsias que repudio.<br />A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me ponta<br />traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha,<br />nem ela julga que eu tenho.<br />Sinto-me múltiplo.<br />Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos<br />que torcem para reflexões falsas<br />uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas.<br />Como o panteísta se sente árvore (?) e até a flor,<br />eu sinto-me vários seres.<br />Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente,<br />como se o meu ser participasse de todos os homens,<br />incompletamente de cada (?),<br />por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço.Dhemahttp://www.blogger.com/profile/11216198215063260513noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7655452836356773799.post-53336650362837043432011-03-30T16:40:00.001-03:002011-03-31T12:05:49.929-03:00Salvador Dali – Madonna of Port Lligat<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2iWQqOw8jqEvx2WW1caJg5aZh7qQ1Gl-dNjufgaHHhmhbTWNXYlK6T7z0fBL3iqCFAtF2DsY4PfKy5KqQX905380dUo3VvAbjgMs4aygMYYIACmtbB00n3Osql2yTD3jjPGiDYTkiPNM/s1600/1.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 233px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5589960524907577490" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2iWQqOw8jqEvx2WW1caJg5aZh7qQ1Gl-dNjufgaHHhmhbTWNXYlK6T7z0fBL3iqCFAtF2DsY4PfKy5KqQX905380dUo3VvAbjgMs4aygMYYIACmtbB00n3Osql2yTD3jjPGiDYTkiPNM/s320/1.jpg" /></a> <br /><div></div>Dhemahttp://www.blogger.com/profile/11216198215063260513noreply@blogger.com0