Não sabemos o que pode uma voz....
Com quais afetos ela se implica... com quais mundos ela se compõe...
Solta... Livre.... ela vai seguindo sua trilha...
Desconexa trilha...
Caminho sem acostamento e retorno... tênue linha entre o seguir ou o se jogar
Não há meio termo.... Não há paráfrase
Entre um gole e outro
Entre um sexo e outro.... criação
Entre Ela e si-mesmo.... abissal geometria da des-razão
O que pode uma voz contra a tirania da moral?
Contra a tolice.... Contra os maneirismos da convenção....
E deparamo-nos com um déjà-vu...
Uma repetição de morte sobre morte.... (Joplin, Morrisson, Cobain, Eller, Ella, Maysa, Elis, Hendrix, Amy... e outros... outros... outros...) Talvez nós, um dia?
De uma literatura escrita pela via trágica da insuficiência... da ausência
A voz foi insuficiente... o texto foi insuficiente... o som foi insuficiente...
Sensível diluição da vida... que escorria lentamente pelo tempo molecular dos segundos...
Não há mais possível...
Só esgotamento. Cansaço.
E assim... num gole e outro... num pico e outro...
Numa lágrima que escorre silenciosamente por uma face marcada pela impaciência...
Um último ar passa pelos pulmões... Um último líquido arrefece a dor...
Por um caminho que jamais retornará...
Amy, uma vida...
Nenhum comentário:
Postar um comentário